
Os irmãos brasileiros, nascidos em São Paulo, começaram como representantes do hip hop no final dos anos 80, mas hoje suas obras não têm mais ligação com o movimento, apesar de ainda participarem de alguns eventos. Já não são mais apenas simples devotos da militância: hoje suas críticas sociais carregam traços mais afinados e uma gama de materiais novos, além de incluir em suas galerias novos suportes, como esculturas e automóveis.
Conhecidos por suas grandes intervenções urbanas, suas obras retratam o onírico surgindo em meio ao real: personagens que carregam consigo a dura realidade do cotidiano de uma cidade envoltos numa eterna influência folclórica, como se lendas, sonhos e histórias populares guiassem a vida dos cidadãos em pleno século XXI.
O trabalho d’Os Gêmeos já ultrapassou as barreiras do grafite nas ruas e chegou a museus do mundo inteiro. Nas exposições, além dos painéis, encontram-se esculturas gigantescas, carros e instrumentos musicais (que funcionam!) customizados. E não são para desbravar só com os olhos: na maioria das obras, sempre é possível uma interação: pode-se tocar, manusear e, nas peças maiores, como barcos, caixas e túneis, a entrada é permitida e incentivada.
Frequentemente mencionados com louvor, como grandes representantes da arte contemporânea, Os Gêmeos impressionam pela imponência e riqueza de detalhes. Suas esculturas, na maioria das vezes muito altas, são à base de material reciclado, como latas, papelões, lascas de madeira e retalhos. Tudo trabalhado de forma tão delicada que um universo de detalhes se abre perante os olhos: a face, a posição dos braços e até mesmo as estampas das roupas das personagens estão cravados de expressões que dão uma riqueza inestimável às obras.
Em países como os Estados Unidos, Espanha, Portugal, Grécia, Brasil e Chile, é comum se deparar com obras de até 6 metros de altura ao sair do metrô, caminhar pela calçada ou olhar pela janela do carro.
E você, já se deparou com alguma hoje?





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